Santa Tartaruga! Invenções e Mudanças Ontológicas no Litoral Norte do Espírito Santo
Nome: Davi Scardua Fontinelli
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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Eliana Santos Junqueira Creado | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Carlos Nazareno Ferreira Borges | Examinador Interno |
Diogo Bonadiman Goltara | Suplente Externo |
Eliana Santos Junqueira Creado | Orientador |
Felipe Ferreira Vander Velden | Examinador Externo |
Patrícia Pereira Pavesi | Suplente Interno |
Resumo: A presente dissertação é fruto de uma pesquisa de campo realizada durante os meses de março e novembro de 2015 nas vilas de Regência e Povoação, situadas no Espírito Santo. Seu objetivo é contribuir para o conhecimento sobre a relação de humanos e não-humanos em meio a conflitos socioambientais que envolvem o manejo e a conservação da fauna silvestre carismática. Para tal, busquei identificar movimentos, tendências, convenções, categorias e divergências compartilhadas, ou não, pelos participantes dos espaços, e dos tempos, nos quais a estadia se deu. Em busca da possibilidade de uma análise empírica, abordei (sem me restringir a ele) o caso das tartarugas marinhas no litoral norte do Espírito Santo (ES). Mais precisamente, verifiquei as diferentes formas pelas quais agentes locais, como cientistas, técnicos governamentais e não governamentais, inventam suas relações (entre si e com as tartarugas), em meio a tais conflitos. A maioria destes agentes está vinculada ao principal projeto ambiental em atividade na região, o Projeto de Proteção das Tartarugas Marinhas TAMAR. Após a estadia em campo e a leitura do material bibliográfico reunido, foi possível perceber a grande variedade e a complexidade que abarcam as relações, antigas e contemporâneas, entre humanos e tartarugas. Considerando o caso empírico aqui tratado, destaco que o litoral norte do estado do Espírito Santo passa por um momento marcado por divergências políticas, econômicas e ambientais relacionadas à utilização de recursos e da paisagem local. Sendo assim, acredito que as tartarugas marinhas podem ser vistas como polos irradiadores e convergentes de inúmeras relações que, direta ou indiretamente, são pertinentes para os desdobramentos de tais tensões. Além disso, estas relações não se apresentaram de formas estáticas e/ou homogêneas dentro dos grupos citados.
PALAVRAS-CHAVE: Tartarugas marinhas; Projeto TAMAR; não-humanos